quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Capitalismo de Qualidade

Porque nem só para dizer mal serve este blog, eis um excelente anúncio que vem dar lições de marketing aos da TMN.

Publicidade ao novo Ford. Ode com instrumentos musicais feitos em peças do automóvel.
Música: Craig Richey - Ode To a Ford



by: Mick

sábado, 26 de janeiro de 2008

Cof...cof!


Se calhar, digo eu, era preferível colocar isto do que cartazes a anunciar autógrafos do SCB.
Mas resta sempre saber se a ideia é educar para a democracia.

domingo, 20 de janeiro de 2008

Há publicidades e publicidades, há bom senso e mau senso

A nova campanha da TMN revela uma falta de gosto e um mau senso extraordinário.
Todos conhecemos as razões do cancelamento do Dakar, pelo menos algumas, e os génios criativos do marketing da TMN decidem fazer uma publicidade em que aparecem mocitos a cavalo de armas apontadas ao Carlos Sousa a mandar parar o carro. Além disso lembraram-se? Epa como é que o gajo se safa desta? Ah mostra um macaquinho a rir no pc e eles deixam-no em paz. Por amor de Deus ou lá de quem queiram. Isto até cheira a racismo.

Deixo-vos contemplar a beleza da imaginação destes criativos.



Nem sei como é que o Paulo Portas ainda não pediu a demissão de quem teve esta ideia.

by: Mick

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

HUNTED!


Várias habitações da região de Penamacor ficaram danificadas quarta-feira à noite alegadamente devido a exercícios de aviões militares.
Alguns populares ter-se-ão queixado, cerca das 20h00, de ruído intenso causado pela passagem de aviões a baixa altitude e a grande velocidade, provocando estragos em habitações e a morte de alguns coelhos devido ao stress e ao barulho intenso.

No meu entender, treinos como este são indispensáveis por vários motivos. Por exemplo, é sobejamente conhecido que os habitantes de Penamacor têm forte ligações à Al-Qaeda. Além disso, como o aeroporto vai para o deserto, os aviões deixaram de poder fazer exercícios militares numa zona em que não incomodam ninguém. Têm, por isso, de rumar a novas paragens.
Este treino serviu claramente para reforçar a posição de Portugal no Mundo. Ao exibir os seus caças, duas vezes mais rápidos que a velocidade do som, Portugal assusta o mundo e impõe-se.

No entanto, este exercício esconde obscuros lobbies comerciais.
Os animais stressados precisam de doses industriais de Valium e Xanax. Prospera o lobbie farmacêutico. Paulo Portas usa o dinheiro da farmácia do cunhado do irmão da prima de Nuno Melo para financiar a sua campanha. Paulo Portas ganha as eleições. Paulo Portas invade os comunistas dos cubanos e dos venezuelanos (por que será que estas ideias me fazem lembrar alguém?). Paulo Portas vende submarinos aos americanos. Portugal tem então dinheiro para pagar os favores sexuais de Paulo Portas ao cão de Bush.
No entanto, nas eleições seguintes, os comunistas alentejanos prometem vingança e o voto em Jerónimo. Contudo, devido às cataratas e ao Parkinson, acabam por pôr a cruz em Francisco Louçã. Louçã é eleito. Louçã faz uma moção de censura ao seu próprio governo. Louçã ataca os EUA. Louçã apresenta nova moção de censura. Louçã ataca a Austrália e o Reino Unido. Louçã adia uma nova moção de censura. Com vista a acabar com todas as injustiças e desigualdades no mundo, ataca também os árabes do Petróleo. Acabam-se os papéis das moções de censura. O défice português cresce. A UE quer punir Portugal pelo défice. Louçã ataca toda a UE e rouba moções de censura aos Polacos. Temos um défice de 70% mas somos donos de quase todo o mundo (as tropas portuguesas recuaram perante a imponência das estátuas da ilha de Páscoa). Louçã convoca referendo para saber as opiniões dos portugueses sobre moções de censura. Louçã apresenta moção de censura ao referendo. Paulo Portas convoca um agendamento protestativo a Louçã para que este explique como desapareceram moções de censura do seu gabinete.
...

Ok, pronto, deixei-me entusiasmar. Voltando ao assunto.
Considero realmente que o exercício foi importante. Deu para ver que, se quisermos matar coelhos, podemos contar com os nossos vizinhos próximos, os dinamarqueses.
Acabámos também por inventar uma nova especialidade gastronómica, sushi de coelho supersónico.
Afinal, só ajudámos esta gente!



I´m just a poor and innocent bunny!



At least, I was!

by: Mick

Drama do Casal Mccann...e melhor que Frei Luís de Sousa


O Quezílias Libertinas está em condições de avançar, em primeira mão, O DRAMA DA FAMÍLIA MCCANN... e tudo por causa de um jornal!

Gerry sai de casa, de manhã, como habitualmente faz, para comprar o 24 Horas.
Gerry fica assolado ao ver a capa. Vai para a casa e confronta a mulher:

-Damn Kate! I told you you should have cried. They're suffering more than us now!
...
Gerry está incontrolável, adivinha-se o pior!
Gerry, para alcamar, põe a tocar a música da Ágata...
..."Podes ficar com a casa, o carro e as jóias mas não fiques com ela..." (apontando para os restos mortais de Maddie).

Kate fica deprimida e, devastada, sai de casa para ir ao ginásio com os gémeos.
Gerry vai trabalhar.

Conseguirá o casal reconciliar-se?
Sim, Barra da Costa tem informações de que o casal irá, à noite, a casa dos vizinhos, praticar swing.

O casamento está salvo!

by: Mick

sábado, 12 de janeiro de 2008

Manifs

Tenho a certeza que Sócrates, nos seus tempos livres, se ri destas manifestações de comunistas ressabiados e velhotas ignorantes e que Correia de Campos já percebeu que não vale a pena explicar certas coisas a certas pessoas.


No cartaz lê-se "Alberto João vem ao contenente dar 2 chapadas nestes gajos".
E ainda quer esta gente ser ouvida...

by: Mick

Auto-ajuda

Leio sempre com interesse a rubrica de Clara Pinto Correia na revista do 24 horas de Sábado (provavelmente a única parte da revista que interessa). Esta semana fala-nos daquelas americanices dos livros de auto-ajuda que prometem milagres mas que só funcionam para quem os escreve.
Passo a expor na íntegra o que a Clara escreveu:

Segredos Duvidosos

«Quando nos passam para a mão um livro que, antes de mais nada, tem uma bruta cinta vermelha a toda a volta que diz "245.000 exemplares, O Livro Mais Vendido do Ano", só por si o aviso basta para sabermos que dali não pode vir nada de bom. Toda a gente tem a noção de como o conceito de livro, e até mesmo de escrita, caiu a pique pela rampa dos best-sellers ao longo da última década. Mesmo assim, isto nunca deixa de ser espantoso: uma situação extremamente degradada pode ainda degradar-se mais. Por muito preparada para a mediocridade que eu estivesse, por muito que tenha em mente que aquilo foi concebido como um produto de supermercado e não como um livro, por muito que eu pense que estas coisas já não me impressionam-eh pá, francamente. Eu não estava preparada para aquele logrom aquele veneno para a nossa configuração cerebral, aquele atentado brutal à inteligência que é essa coisa que anda para aí com o nome de "O Segredo". Mesmo as ciganas do Parque Eduardo VII fazem melhor e mais depressa.

São 206 páginas verdadeiramente degradantes. Até a nota introdutória da badana parece o paleio da senhora que está na Praça da Figueira a vender amuletos mágicos: "Foram encontrados fragmentos do Grande Segredo em culturas de tradição oral, na literatura e em diferentes religiões e filosofias ao longo dos séculos...Com este livro, aprenderá a usar O Segredo em todas as áreas da sua vida - finanças, saúde, relações. Começará a perceber o poder invisível que há em si, e essa revelação poderá trazer alegria a todos os aspectos da sua existência." [Amén]*

Bem. E a forma despudorada como a autora insiste, página sim, página não, que quem conhecer O Segredo fica rico? Sem qualquer espécie de vergonha, esta confecção deixa tudo a cintilar. É para encontrar o príncipe encantado, é para subir na hierarquia da empresa, é até para chegar à caixa do correio e encontrar lá dentro uma pipa de massa. Também faz bem à pele, cura o cancro, derrota a sida, e quase de certeza que limpa os calos e suaviza os joanetes. O testemunho científico destas verdades é debitado por uns grandes mestres de quem nunca ouviu falar - quase todos americanos, vá lá a gentesaber porquê. E o rol de todos os grandes pensadores que sempre estiveram a par de O Segredo? Fabuloso: Platão, Shakespeare, Newton, Victor Hugo, Beethoven, Lincoln, Emerson, Edison, Einstein. Este Segredo é só para homens, ao que parece. E, tirando o Platão que fica lá muito a montante na corrente, os outros são todos anglo-saxónicos. Desculpem: não se arranja uma ONG simpática para difundir O Segredo em Timor, no Médio Oriente, sei lá, em todo o continente africano? Todo o planeta dava as mãos, e passava-lhe por cima uma grande revoada de pombas brancas.  

Sempre gostava de saber o que é que entretanto aconteceu àqueles duzentos mil otários que morderam o isco em Portugal. A esta hora, já devem estar todos nas nuvens.»

* [Amén] não se encontra no texto transcrito. Foi adicionado por mim.





by: Mick

À Patrão

Na visão Nº775 de 10 de Janeiro de 2008 é possível ver-se:



Ó psst! Cambada de licenciados incompetentes! Toca a trabalhar qué pra eu comprar o meu Mercedes e depois abrir falência.

by: Mick

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Pensamento do mês

Vale mais um aeroporto no deserto que ver o Preço Certo.



by: Mick

Preço Certo

O Preço Certo em Euros, programa apresentado pelo pseudo-cómico Fernando Mendes, vergonhosamente exibido na RTP1, canal público de televisão, é o tema sobre o qual falo neste post.
Venho, por este meio, expressar a minha indignação (já que o Provedor do Telespectador ou não quer, ou não pode agir contra os interesses comerciais que se subrepõe aos culturais, na televisão pública) para com a exibição de um programa deste tipo, comprado de um formato estrangeiro onde é exibido em televisões "lixo", na RTP.
Comecemos pela análise do conteúdo do programa em si:
  • É um concurso que, inicialmente (e bem, no meu entender), visava a adaptação da população à nova moeda, o euro que entrava em circulação;
  • Actualmente, consiste em adivinhar os preços de diversos produtos, para o que, numa escandalosa histeria, o público opina;
Atentemos agora nos interveninentes no programa:
  • O apresentador, Fernando Mendes passa o programa numa de humor fácil (que nunca me fez esboçar um sorriso), ajudado pelo sua condição de gordo (com a qual se devia começar a preocupar);
  • É acompanhado por três assistentes do género "mi liga vai" que pouca ou nenhuma utilidade têm no programa;
  • A plateia é constituída maioritariamente por pessoas de classe baixa e média baixa da 3ª idade às quais a RTP deixou de tentar dar cultura para passar a dar entretenimento e humor fácil desde sempre feito (é por estas e por outras que Portugal não evolui).
Assim, levantam-se várias questões:
  • Qual a vertente cultural ou de serviço público presente no programa que justifique a sua exibição no canal público?
  • Como avaliar o rigor dos preços dos produtos apresentados se estes variam consoante o estabelecimento que os vende?
  • Como pode o canal público português, ao qual o Estado dispensa milhões e a quem a RTP deve milhões, enveredar por este tipo de programas?
Os finais de tarde na RTP são assim degradantes. Este programa contribui, no meu entender, para acelerar a senilidade dos espectadores e denegrir a imagem do canal público.
Já agora, em resposta a um senhor, nem todos os velhotes vêem o referido programa e nem todos o consideram um bom programa, longe disso e ainda bem.

Para o caso de não me ter feito entender, nada tenho contra o programa nem contra nenhum dos seus apresentadores e outros intervenientes, apenas tenho com o facto de este ser exibido na RTP. Noutro qualquer canal, tudo bem ainda que continue a ser lamentável a quantidade de emissões do género que ainda são exibidos em Portugal e em todo o mundo.

Parece pois que, no meio de tanta asneirada, a única coisa que se aproveita é mesmo isto.

by: Mick

Ai o dinheiro!

Dizem que o dinheiro não traz felicidade. O BCP é disso um bom exemplo.
Os seus administradores ganham qualquer coisa como 211 071€ mensais. Não contentes com tal, assiste-se diariamente a uma sedenta luta pelo poder e pelo vencimento de mais uns trocos. Mas para mostrar que não só os altos dirigentes do banco concordam com a máxima de que o dinheiro não traz felicidade, fizeram questão de me enviar hoje, em nome de minha pessoa, uma carta onde se lia em letras garrafais e com a provinciana árvore de natal dos aliados em fundo: "FELIZ ANO NOVO".
O meu coração encheu-se de ternura e compaixão para com os administradores que fizeram questão de dispensar o seu valioso tempo na elaboração de uma fraterna mensagem de bom ano. Até as lágrimas se me vieram. Até ponderei começar a tentar perceber o que o Berardo diz. Mas eis que...num maquiavélico golpe de superioridade e afirmação informam na página seguinte: "Foram debitados sete euros da sua conta à ordem referentes à anuidade do cartão visa electron".
Ou seja, basicamente, inicialmente tinha lá mais dinheiro, que bem poderia ter guardado em casa, do que agora tenho.
Mas depois pedem:" Subscreva um seguro poupa e cresce e comece o ano a preparar o futuro dos seus filhos, netos ou afilhados." Petrifiquei. Não queria acreditar na genialidade do gamanço e no reconforto que me deram por tal gamanço.

É caso para dizer, se o dinheiro não traz felicidade, dêem-me o vosso dinheiro e sejam felizes!


Então são sete euros sff.

Estará a dizer naquelas letras pequenas: "...com o dinheiro que lhe roubámos"."?
Mas, por que não haveríamos de ficar satisfeitos com o serviço?


by: Mick

O espelho de um país

Tenho assistido com alguma tristeza e até pena aos protestos da população de Anadia contra o encerramento do serviço de urgência. E desengane-se se exprimo estes sentimentos por estar solidário com eles. Anadia, para quem não sabe, é uma cidade portuguesa sa região centro pertencente ao Distrito de Aveiro, estando localizada perto desta cidade e de Coimbra.
Ou seja, a população prefere viver enganada com o seu serviço de urgência do que recorrer a serviços hospitalares de qualidade. Passo a explicar.
O que acontece actualmente na maior parte dos serviços de urgência ou SAP com pouca capacidade de resposta é que os doentes mais graves são encaminhados para a unidade hospitalar mais capacitada que se encontra próximo. No caso, até são duas, Aveiro e Coimbra que tem provavelmente o melhor hospital de Portugal. Ou seja, o irem directamente para uma destes hospitais até poupa tempo. Além disso, acaba por fazer uma triagem automática de doentes pois só os que realmente necessitam recorrerão à urgência, diminuindo assim o vício do português que espirra e vai para o hospital.
Para além disso, os dois hospitais próximos que referi estão muito melhor dotados a nível de equipamento e pessoal. O facto de em Anadia o local do serviço de urgência ser novo e ter sido remodelado à pouco tempo, não leva a que este tenham os instrumentos e médicos necessários. E, que eu saiba, não são boas paredes que salvam vidas.
A juntar a isto, Anadia conta agora com uma ambulância do INEM e com um serviço de consulta aberta, serviços com os quais não contava antes do fecho da urgência.
Não consigo por isso perceber a atitude desta população liderada por revolucionários ressabiados, cantores caducos e populistas/demagogos com sede de poder. Parece pois que um serviço de urgência é um marco de identidade de uma população sem o qual a vida na cidade deixa de fazer sentido.

domingo, 6 de janeiro de 2008

Luiz Pacheco

6 de Janeiro de 2008, Portugal fica mais pobre. Morreu Luiz Pacheco.


                                                                                                                                                                                                    in:  in: Abnoxio

Poeta, editor e crítico português, nascido em 1925 em Lisboa, oriundo de uma família de raízes alentejanas ligada às artes, frequentou o Liceu Camões em Lisboa e matriculou-se no curso de Filologia Românica, que não chegou a concluir.
Publicou textos dispersos, predominantemente autobiográficos e polémicos, de tendência surrealista, em diferentes publicações como Bloco, O Globo, Afinidades, Contraponto e O Volante. Foi inspector dos espectáculos e, em 1950, fundou a editora Contraponto, publicando autores surrealistas e neo-realistas como Mário Cesariny, Natália Correia, Herberto Helder e Vergílio Ferreira e editou também a primeira tradução portuguesa de Sade.
O seu primeiro livro data de 1958, Carta-Sincera a José Gomes Ferreira, iniciando uma escrita de crítica inteligente, agressiva e irreverente, face aos costumes e nomes consagrados.
Assume-se como um agitador intelectual, ironizando e satirizando a vida literária e cultural do país, ganhando fama como crítico irreverente, que denunciava a desonestidade intelectual e a censura imposta pelo regime do Estado Novo.
Com uma vida atribulada, por vezes sem meios de subsistência para sustentar a família, Luiz Pacheco chegou a viver situações de miséria que ia ultrapassando à custa de esmolas e donativos, hospedando-se em quartos alugados e albergues.
Foi nesse período difícil da sua vida que se terá inspirado para escrever o conto "Comunidade" (1964), que muitos consideram ser a obra-prima de Luiz Pacheco.
A "Carta-Sincera a José Gomes Ferreira" (1958), "O Teodolito" (1962), "Crítica de Circunstância" (1966), "Textos Locais" (1967), Exercícios de Estilo (1971), Literatura Comestível (1972) e "Pacheco versus Cesariny (1974), são apenas algumas das muitas obras publicadas por Luiz Pacheco. 
Nos últimos anos Luiz Pacheco viveu num lar em Lisboa, de onde se tinha mudado há alguns meses para casa de um filho e, posteriormente, para um lar no Montijo.


                                                                                                                                                                                                                                                                                        in: in: Abnoxio

by: Mick

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Felino Embriagado ou O princípio do fim?

Zé Diogo Quintela, membro dos Gato Fedorento foi esta madrugada parado numa operação STOP tendo acusado 1,6g/l de álcool no sangue. Foi detido, ficou sem carta e vai a tribunal.



Até preparei um poema para a situação: 

Bebe pouco, pouquinho
Atchiiiiim....
Santinho!

by: Mick

Ó pai! Ó pai! Olhó Nunes da ASAE!

António Nunes, responsável da ASAE, autoridade encarregue de fiscalizar o cumprimento ou não da nova lei do tabaco que proíbe fumar em locais públicos e/ou de trabalho, foi fotografado a fumar uma cigarrilha no dia 1 de Janeiro no Casino Estoril, infringindo assim a lei que ele próprio está encarregue de mandar fiscalizar.
O sucedido não passaria de um acto de distracção, não fosse o infractor se desculpar argumentando que a lei não é clara quanto à proibição de fumar em casinos e salas de jogo. A desculpa foi prontamente refutada com um parecer da Direcção Geral de Saúde que  indica que os casinos e salas de jogo, "sendo locais fechados, não podem deixar de se incluir no âmbito da aplicação a lei", além de estarem abrangidos na lei por "serem locais de trabalho".
Parece pois que, além de falta de ética profissional, este senhor desconhece a lei que deveria conhecer como a palma das suas mãos e põe em causa a própria lei, dizendo que esta é "pouco clara". Ora, se é pouco clara para quem a fiscaliza, fará para os consumidores e proprietários de estabelecimentos onde deixa de ser permitido fumar.
Faria melhor em ter reconhecido o seu erro e pedido desculpa. Assim, trata-se de um incidente inoportuno e lamentável e um bom momento que perdeu para estar calado.
A autoridade esfumou-se!

Já diz o ditado:
“Bem prega Frei Tomás, faz o que ele diz, não faças o que ele faz!”

Leia a interessante crónica de João Bénard da Costa em http://abnoxio.weblog.com.pt/arquivo/2008/01/sugestao_de_leitura_3



by: Mick

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Nova lei do tabaco



A partir de hoje, 1 de Janeiro de 2008, deixa, genericamente, de ser possível fumar em estabelecimentos públicos. Apesar de ser não fumador, não posso deixar de fazer algumas ressalvas:
  • O Estado não está verdadeiramente preocupado com a nossa saúde. Isto porque, se estivesse, não proibiria só o tabaco mas também o álcool, que tantas vítimas faz, quer em acidentes rodoviários, violência doméstica, exclusão social, etc.
  • O Estado não está verdadeiramente interessado em que deixemos de fumar. Isto porque ganha milhões com os impostos sobre o tabaco e as tabaqueiras.
  • Não se pode, repentinamente, excluir e tratar quase como criminosos, os fumadores a quem, durante anos, lhes foi incutida a ideia do cowboy americano, a ideia de que o tabaco é fixe e dá estilo.
Além disso, à semelhança de outros países, o Estado bem que poderia comparticipar a 100% os medicamentos e outros tratamentos comprovados para deixar de fumar.

Noutros países, leis idênticas demonstraram que a redução radical e imposta do tabaco, aumenta o consumo de anti-depressivos e drogas leves. Mas também não deverá haver problema pois assim as farmacêuticas e, novamente, o Estado, ganharão outros milhões.




Braga...o degredo

O meu estimado e respeitável amigo, Mesquita Machado, confesso, este ano deixou-me ficar mal.
Braga pode orgulhar-se de ser, provavelmente, a única cidade do mundo onde não se fez a contagem decrescente para o novo ano. Os galegos que foram os convidados nestes últimos 5 anos, viram falhar-lhes a luz, ficaram sem micro e não contaram. Começou um foguete solitário e eis que chegara 2008, sem contagem e com o relógio do posto de turismo a marcar 23h59. Safou-nos o "champanhe" Benjamim vendido na rua.
Tenho que confessar, que há duas coisas que me causam alguma confusão nestas festas. Nunca fui grande adepto do fenómeno artificial de emissão de radiações por átomos ou iões excitados, cuja cor depende dos catiões metálicos usados (fogo de artifício) e, muito menos, quando estes são lançados a prestações, durante um tempo exagerado, descoordenado da música, como foi o caso. Outra coisa que me causa confusão é aplaudir no final do fogo de artifício (!?). 
Bem, este ano foi fraquinho, muito fraquinho. Para o ano há-de ser melhor, se o Mesquita quiser.

Conselhos para 2008

Ano Novo,
vida nova.
Viva a bebedeira de caixão à cova.
Leitinho?! Uma ova!

Viva o ateísmo,
abaixo o Cristianismo.
Viva a fanfarronice e a cusquice,
abaixo a aldrabice e a xatice.

Vivó manguito,
abaixo o conflito.
Cague pró Bento XVI
e viva a orgia a seis.

Em 2008,
treine o coito,
aborte e arrote.
Cague prós devotos e prós tortos
Pratique o Kama Sutra
e como fruta, muita fruta.

Ano novo abençoado?
Ele que seja mas é marado!

by: Mick