segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Constatações

Estamos a tornar-nos num país asquerosamente obeso!

Fascistazecos

João Pereira Coutinho, puritano de gema (ou então é como o outro), um colunistazeco com cara de menino da mamã e que é, aparentemente, dono da razão, escreve hoje, no Correio da Manhã, esse pasquim!, que os "os nossos emigrantes, (...) destroem a paisagem estética"e sugere que o governo "oferecesse a cada emigrante um cheque decente para que eles se mantivessem ao largo em Agosto". 
Este senhor que aparentemente se sente perseguido pelos emigrantes esquece-se, antes de mais, que fala de Portugueses, e mesmo que não o fossem, são pessoas, não são mercadoria que se pode mandar vir e devolver porque tem defeito. 
Diz ainda que "em matéria rodoviária, conduzem tão mal (ou tão prudentemente bem) que transformam qualquer viagem num atentado à úlcera alheia" mas isto devia ser uma tentativa de piada para chamar a atenção, carência antiga por certo. 
Para além de obviamente desconhecer as importantíssimas consequências económicas que tem a vinda de emigrantes nestes meses de Verão, mas isso nem interessa muito - as pessoas não são ou não deviam ser, avaliadas pela utilidade que possam ou não ter - deve também desconhecer o amor que têm ao seu país de origem e o orgulho com que a maioria deles fala de Portugal no estrangeiro. O rapazito quer é sossego e conduzir o carrinho que o papá lhe deu à vontade. 
Quando aprender o que é a vida e o que é ter de trabalhar voltamos a falar. Entretanto, se quiser, eu passo-lhe um cheque para... "se manter ao largo."
Passe bem!

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Saudades deste cantinho

5 meses passados, muita coisa mudada e uma vontade enorme de voltar a opinar e expor publicamente as minhas divagações levaram-me de volta à escrita. No sítio do costume, e não, não é aquele sítio que tem aquela música que foi muito muito gira das primeiras 100 vezes, é neste sítio, o mesmo, pois que o primeiro é sempre o melhor. 

Sinto que nunca disse aos meus leitores, muito poucos diga-se, quem eu era e o que faço. Também não o vou fazer agora, isto não é o facebook nem nenhuma dessas merdas com jogos viciantes onde contactamos com pessoas que ocasionalmente até conhecemos e são giras, mas mesmo assim sinto-me no dever de justificar uma tão prolongada ausência, muito relacionada com as transformações últimas da minha vida (e isto de repente soou estranho). 

Passei do secundário para a universidade (há quem diga que sou um puto), de Braga para Coimbra, da casa dos pais para casa de amigos, de estudos de véspera de teste que me fizeram entrar em Medicina a estudos diários, vá quase, que me fazem passar às cadeiras mas não como eu queria e, por isso, a crítica, sempre presente na minha cabeça, não teve tempo de ser exposta e partilhada num blogue e, quanto ao twitter, bem, tenho apenas a dizer que eu tenha vida (alguma). 

E agora, passado o 1º semestre, já mais bem organizado, volto a ter tempo e disposição para escrever aqui, não com a promessa de o fazer regularmente, mas com a certeza de aqui voltar, uns dias por mês para dizer de minha justiça, coisa que tanto tem faltado no nosso Portugal.