segunda-feira, 31 de março de 2008

Haka barrosã

Um vídeo para descontrair do stress da... "violência" nas escolas:



by: Mick

Choque de...mentalidades



O Cavaco devia era chocar-se com outras coisas! Toda esta novela da agressão da professora faz-me rir. Por vários motivos. Primeiro, o caso no Carolina, não foi uma agressão, foi um acto de indisciplina. Segundo, e desculpem que diga, a professora agiu extremamente mal. Em vários aspectos. Primeiro, qual era a sua ideia ao estar a competir com a aluna pela posse do telemóvel? Que lhe desse o telemóvel e lhe fizesse um processo disciplinar ou algo do género. Segundo, não fosse o caso ter sido filmado e tornado público e a senhora nem queixa teria apresentado. Terceiro, quando o fez, apresentou três queixas e, incrivelmente, foi para tribunal com o caso. Ora o caso que foi, em nenhum outro país seria levado para tribunal. Simplesmente porque não é caso para tal e a escola tem que ter competência própria para resolver o problema. Depois foi o PGR que, e passo a informá-lo, já não estamos no tempo de Salazar. O iluminado revelou-se igualmente chocadíssimo e indignado e vai de avançar com o caso para tribunal. Depois é Cavaco Silva que se revela chocado com um mero acto de indisciplina e vai de convocar o PGR, certamente a pessoa mais indicada, para se inteirar da situação gravíssima, diria mesmo caótica, desesperante, completamente anárquica das escolas portuguesas.
Depois vem a comunicação social que revela, em todo o seu esplendor, a pequenez do nosso país. Toca a fazer do caso escândalo e novela nacional. Toca a ir ver ao YouTube se há outros vídeos de casos de indisciplina. Toca até a fomentar os putos a porem mais vídeos no YouTube e a comportarem-se mal nas aulas para termos notícia. Em França, num caso muito mais grave o que fez a comunicação social? Desdramatizou e mostrou que nos EUA até entram pelas salas de metralhadora na mão.
Sinceramente, nos últimos tempos, ainda não me mostraram nenhum caso de agressão a professor. Não estou a dizer que o acto não foi grave. Simplesmente não merece nem deve ser tratado do modo como está a ser tratado. Acaba por incentivar outros a fazer o mesmo.
A minha mãe foi professora nos piores liceus de França, levou uma navalhada porque se pôs à frente de um aluno para o defender. Protegeu uma professora grávida que estava a levar pontapés e socorreu um professor inanimado de tanta pancada que levou. Isso sim, é agressão. E no entanto o que se fez? Tudo se tratou nos órgãos próprios, como deve ser, sem espalhafato e de forma muito mais proveitosa. Parem de fazer disto um caso nacional. Que bom seria se as "agressões" se mantivessem por aqui. Parem com este oportunismo político barato, quer de dirigentes políticos quer dos próprios professores.

Haja bom-senso!


terça-feira, 25 de março de 2008

FREE TIBET

BOICOTE AOS JOGOS OLÍMPICOS DE PEQUIM
http://www.2008-freetibet.org/















Como pode um país que não respeita os direitos humanos, a liberdade de imprensa, que não reconhece autonomia ao Tibete e que pratica genocídio organizar uns jogos olímpicos?
É tempo de acabar com a vergonha. Diz não aos jogos olímpicos na China!

Já ouvi o argumento, lógico e racional q.b. que os jogos olímpicos serão uma possibilidade do mundo espreitar a China e desta, por sua vez, se deixar espreitar. Perfeitamente verdade, não estivessemos a falar da China. Como é parcialmente conhecido, a China sabe muito bem ludibriar todas as convenções de direitos humanos existentes e sabe, com significativa eficácia, esconder a repressão a que força as suas minorias. O Tibete é apenas um exemplo entre muitos. Recentemente vimos os monges tibetanos enganar os militares e gritarem ao mundo por socorro. Sua sumidade, o Dalai Lama, apelidou mesmo a repressão chinesa de "Genocídio Cultural". Ora nem mais.
Sabemos muito bem que o controlo policial e as medidas de repressão do governo serão muito, mas muito reforçadas durante os jogos olímpicos para que nenhum incidente, por mais insignificante, manche a organização chinesa. Não será por isso um momento da abertura ao mundo. A China, com maior ou menor eficácia apenas deixará ver o que lhes convém ser visto. Os jogos olímpicos poderão até ser um momento de maior repressão, um disfarce. No estado actual das coisas e visto que um mero diálogo não tem levado a nenhuma situação concreta, um boicote a um evento das dimensões dos jogos olímpicos, com todo o prejuízo e mancha para a China, seria uma boa oportunidade para os seus dirigentes entenderem que não são mais do que os outros. Seria uma boa oportunidade de aprenderem que os direitos e deveres são iguais para todos e para cada um. Seria uma boa oportunidade para aprenderem a respeitar as outras culturas.
Mas nestas coisas, infelizmente, há sempre outros valores que se sobrepõe ao valor da vida e cultura humanas...


domingo, 9 de março de 2008

Esclarecimento

Tenho escrito neste blogue algumas palavras de indignação perante o protesto dos professores. Não vou retirar o que disse, vou antes reformulá-lo.
Não entendo e muito me tenho espantado com a mesquinhês e nível cultural de alguns professores, que, pelo menos, o dizem ser, nas manifestações feitas, não tanto contra a política educativa do governo de José Sócrates, mas antes contra a pessoa de Maria de Lurdes Rodrigues. Ora, antes de mais, atacam-se ideias e não pessoas.
Os professores começaram por protestar contra o facto de serem avaliados. Dizem agora, talvez mais racional e reflectidamente, que não se importam de ser avaliados, antes não concordam com o método de avaliação. Avaliação de professores existe há anos nos países civilizados. Quanto ao método, poderá não ser o ideal, é, antes de tudo, um começo, e não será um começo assim tão mau como o que querem fazer parecer. Parece-me, antes de tudo, mais justo do que não haver qualquer sistema de avaliação.
Quanto às manifestações que, incompreensivelmente apelidam de concentrações, parecem-me irreflectidas e claramente desrespeitosas. Não pelo acto de manifestar e contestar, pedra basilar de um estado democrático, antes porque são feitas de um modo muito desrespeitoso e, no meu entender, com pouca credibilidade e racionalidade. Independentemente de existirem nessas manifestações socialistas, estas começaram por ser um golpe da oposição contra o governo. Em todas as concentrações que vi pela televisão, vi pessoas que não considero com nível para serem professores (tão bela e respeitável profissão), vi pessoas que única e exclusivamente atacavam a ministra da educação, vi pessoas com uma postura incongruente com o seu estatuto e vi pessoas que simplesmente estavam ali porque estavam com os amigos, ou porque não tinham que fazer, ou porque iam aparecer na televisão. Vi pessoas de velinhas e lenços brancos na mão, como se de um procissão se tratasse e vi pessoas que não sabiam claramente o que ali estavam a fazer. Vi as manifestações tornarem-se num acto fácil de insultos e vi políticos demagogos a aproveitarem-se disso. Que havia pessoas indignadas e com argumentos a apresentar contra o que protestavam, disso não duvido.
Quanto à grande manifestação em Lisboa, tenho a dizer algumas coisas. Antes de mais, felicito os sindicatos e as pessoas presentes pela mobilização que tiveram e pela demonstração de não conformidade, tantas vezes característica do povo português, face a políticas com as quais não concordam. No entanto, mais uma vez, nas entrevistas de rua, vi professores que não souberam expor contra o que protestavam, que não apresentaram argumentos válidos e que aproveitaram a ocasião para disparar em todos os sentidos, queixando-se de tudo e mais alguma coisa. Vi pessoas que estavam ali como quem estava numa festa e pouco terá faltado, se é que faltou, para os grelhadores com sardinhas nos jardins, antes da manifestação, se percebem o que quero dizer.
No entanto, a manifestação, independentemente de ter sido, em parte, ampliada e organizada pela oposição, juntou professores indignados perante a política educativa. O governo não poderá, nem terá ficado indiferente a tamanha mobilização, mas não me parece correcta e facilmente o entenderão, que o governo mude de políticas, muito menos de ministra.

Quanto a outros assuntos, nomeadamente à dimensão que têm dado à actuação da PSP nas vésperas das manifestações, indo a escolas e sindicatos, aí sim, me parece claramente uma manobra demagógica da oposição. É perfeitamente normal que a polícia, para uma melhor actuação e protecção dos cidadãos, se informe sobre o que se vai passar nas ditas concentrações. Não terá havido, em momento algum, ordem do governo para que a polícia intimide manifestantes ou impeça manifestações. Quanto muito terá sido o chefe de polícia da zona cuja nível cultural, inteligência e filiação num qualquer partido político terá pricipiado a ordem.

Parece-me que hoje se caiu no excesso de apelidar este governo de fascista, atentador contra as liberdades dos cidadãos, etc. Parece-me que o português tem a memória curta e o insulto na ponta da língua e parece-me que o nível da oposição é hoje mais baixo do que nunca. É lamentável que não tenhamos alternativas válidas para construirmos um Portugal melhor para todos. Peço a todos que reflictam antes de protestarem, que olhem para a oposição que têm e que não se deixam levar pela sua demagogia. Para que em 2009 não destruamos o trabalho feito, pensemos e deixemos o governo, em quem confiamos e a quem atribuimos maoria absoluta, trabalhar. Protestem e manifestem como nunca o podem deixar de o fazer. Mas protestem e manifestem com razão, dignidade, nível e inteligência. Só assim serão ouvidos.

Peço desculpa pela seriedade do artigo, mas o momento assim o exigia.

sábado, 8 de março de 2008

Sweet Neo Cons


George W. Bush


Silvio Berlusconi


Álvaro Uribe

sábado, 1 de março de 2008

Um beija-flor de trazer por casa!

Daniel Oliveira, um "apresentador de TV" dotado de uma fotogenia medonha tem, ao que tudo indica, uma rubrica (note-se que não é "rúbrica") no Jornal Record em que conta os seus encontros e entrevistas a jogadores de futebol famosos (pelo menos assim o é há duas semanas). Desta feita é Zidane que sucede a Beckham. Depois de contar os "flops" que cometeu com o jogador do LA Galaxy, Daniel Oliveira, o "apresentador de TV" conta que, qual psicólogo, "Zizou tem dificuldade emm lidar com o mediatismo. Não o rejeita, mas não lhe é confortável." Mas não foi isto que me chamou a atenção. O que realmente me surpreendeu é que o rapaz pensa que sabe escrever, apesar de ser rara a frase que pontua correctamente e que consegue concluir com lógica. As suas metáforas são algo que nem Margarida Rebelo Pinto conseguiria copiar, digo escrever. Vejam-se algumas pérolas: "Tem olhos verde-mar e olhar simples e abstraído."; "Mas quase sempre o olhar se perde num horizonte imaginário e as palavras saem de forma ponderada, numa voz sussurrada."; "Os ténis brancos de atacadores desapertados beijam a relva molhada, e em silêncio, sem ninguém por perto, Zidane percorre um espaço que lhe diz tanto;". Atentem ainda na seguinte passagem descritiva: "... o portão está fechado, mas o francês faz usa da estatura e salta a barreira que o levará até ao bólide estacionado."
Seria com coisas do género que o rapaz trasformava as tardes de fim-de-semana da RTP num choradinho pegado?

by: Mick

P.S. Esqueci-me de referir que a sua rubrica se intitula "Ângulo Inverso"! Quem terá escolhido o nome?

Um "ajuntamento" docente

Uma manifestação de professores, perdão, concentração de professores, juntou mais de 1000 professores em Braga, ou terão sido 2000? 2500? Mais de 3000?, que protestavam, de velinhas e lenço branco na mão, como quem ensaia para a procissão das velas, contra a ministra da educação, perdão, contra as políticas educativas do governo de José Sócrates.
Esta foi mais uma "concentração" marcada por sms e via Internet que reuniu professores que "concentravam" contra a sua avaliação (com franqueza, passa pela cabeça de alguém que quem avalie seja avaliado!?)  e contra outras coisas que não foram capazes de esclarecer, na esperança que Sócrates faça com Maria de Lurdes Rodrigues, o mesmo que fez com Correia de Campos.
 

by: Mick

Branqueamento ideológico

O advogado e dirigente do PCTP/MRPP Garcia Pereira, candidato a primeiro-ministro, presidente da república, presidente da câmara de Lisboa e a tudo um pouco, vai defender o líder democrata-cristão do CDS-PP, Paulo Portas no caso dos "dentes brancos" contra o ministro da agricultura Jaime Silva.
Não concebo como um dirigente de extrema-esquerda defende um dirigente de direita, ainda para mais envolvido nos casos sobejamente conhecidos em que está. Mas, ainda que com dificuldade, vá compreendendo que ideologias não se misturam com trabalho, muito menos com dinheiro, espanta-me que Garcia Pereira, sendo de esquerda, se digne a defender, pessoalmente, Paulo Portas mas não trabalhadores, certamente mais honestos, que remete para funcionárias do seu gabinete que, entretanto, a meio do processo, o abandonam sem informar o cliente.
Já tinha ouvido falar de esquerda-caviar, mas nunca de extrema-esquerda caviar.
Garcia Pereira, um homem que, para mim, perdeu toda a credibilidade.




by: Mick