terça-feira, 22 de abril de 2008

Resquícios de um funeral (2/3)



O Diário do Minho do dia 21 de Abril dedicou a sua edição praticamente toda ao Cónego Melo. Só na necrologia são sete anúncios da sua morte, um dos quais tão grande que nem consegui digitalizar e dois só do SC Braga, uma página inteira de publicidade e várias referências ao cónego espalhadas pelo jornal. Até a Cruz Vermelha, uma coisa vermelha, veja-se, participou o seu falecimento.











No livro entregue no seu funeral destaco algumas passagens, nomeadamente as de Jorge Ortiga, Arcebispo de Braga, que adianta que Braga perdeu um lutador. Destaco a passagem sentida que me tocou o coração: "Todos reconhecem que o peso da emoção nem sempre permite uma expressão adequada dos nossos sentimentos. Na verdade, a dor abafa a razão e as palavras custam a pronunciar e são sempre incapazes de transmitir o que preenche o coração."
Já Eurico Nogueira, Arcebispo Emérito, destaca como momento menos bom da vida de Melo " o iníquo processo-crime que acintosamente lhe foi movido, por indivíduos  - de muito duvidosa boa fé - ressabiados pela coragem heróica com que enfrentou os agitadores do Verão Quente de 1975." Acrescenta ainda que o processo só não passou à fase de julgamento porque "o Tribunal soube resistir às habilidades mafiosas dos opositores."

Opiniões...

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