terça-feira, 14 de outubro de 2008

Eureka!

Sou geralmente a favor de grande projectos, organização de eventos, TGV's, aeroportos, estádios de futebol, etc., desde que feitos com conta, peso e medida e depois de bem estudadas todas as contrapartidas a curto, médio e longo prazo. A construção dos estádios para o Euro 2004 foi um exemplo paradigmático de vaidade sem olhar a meios. Os estudos, se chegaram a ser feitos, sobre o que fazer aos estádios após a competição, quais os seus custos, ou foram ignorados ou desvalorizados. De todos as obras, conclui-se agora (que novidade!) que só a construção dos estádios dos 3 grandes e a remodelação do estádio do Vitória de Guimarães fez sentido. O resto, endividou autarquias, clubes e o Estado. O estádio do Algarve foi a maior alarvidade jamais construída. Tudo porque uns carapaus de corrida se puseram em bicos de pés a reclamar que o Algarve, terra de grandes clubes de futebol, também precisava de um estádio. Agora já o têm. Para além de umas aldrabices futebolísticas para pouco mais serviu. Perdão, estou a ser injusto,  também já serviu para corridas de automobilismo e agora serve de escola. Boa rentabilização! Mas felizmente já há solução para rentabilizar um estádio vazio onde não há competições de futebol. Aumentar a capacidade do estádio para 40 mil pessoas. Deve ser a chamada psicologia invertida. Como atrair pessoas para um estádio com 35 mil lugares vazios? Construir mais 5 mil. Bem vistas as coisas, resolve o problema. Deixam de ser 35 mil lugares vazios para passarem a ser 40 mil lugares vazios. Tenho para mim que é muito lugar vazio. (Já repararam na quantidade de vezes que repeti lugar(es) vazio(s)?)

Quem teve esta brilhante ideia? Não sei, prefiro nem saber. Ao que parece é em nome de uma boa causa. Receber, conjuntamente com Espanha, o Mundial de futebol de 2018. Só levanto uma pergunta. Por que não utilizar tantos outros estádios, que não precisam de obras de alargamento, e que estão, também eles, às moscas? Coimbra, Leiria, Aveiro, Boavista, Braga? Não era uma maneira de os rentabilizar? Se calhar não, não liguem, eu é que não percebo nada destas coisas. Felizmente o assunto está entregue a quem percebe.

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