quinta-feira, 24 de março de 2011

Era para isto? (4)

O líder do PSD escolherá Eduardo Catroga para ministro da Economia, avança o 'Correio da Manhã

Quem é Eduardo Catroga?

Antes de mais, devo dizer que não costumo entrar pela demagogia e populismo fácil, até porque a inveja é uma qualidade que nos fica muito mal e até porque o problema não está nunca em quem ganha muito mas sim em quem ganha pouco. E até porque, também, se Eduardo Catroga recebe de reforma o que recebe é porque a ele tem direito de acordo com o que está ou estava previsto na lei. A justeza dessas leis essa sim é questionável, e a matreirice com que estes Srs. as ludibriam ou delas se aproveitam é coisa que já não espanta ninguém. Já o sentido de estado e noção de sacrifício são coisa rara, desconhecidos de grande parte, (porque nunca digo toda) da classe política. 
 
Destacado quadro do grupo Mello, Eduardo Catroga foi ministro de Cavaco Silva e ainda é administrador de diversas empresas. Apesar de reformado, continua a ser presidente da empresa Sapec, administrador não-executivo da Nutrinveste e do Banco Finantia e membro do Conselho Geral e de Supervisão da EDP.

Antigo ministro das Finanças e professor catedrático convidado do ISEG, Eduardo Catroga aposentou-se com uma pensão mensal de 9693,54 euros, de acordo com a listagem publicada pela Caixa Geral de Aposentações (CGA), valor correspondente à soma dos descontos como trabalhador no privado e na função pública. 

Iniciou a carreira profissional em 1967 como consultor do Ministério das Finanças, mas no ano seguinte transitou para a Companhia de União Fabril, onde se manteve até 1974. Foi vice-presidente da Quimigal e da Sapec e administrador da Cel Cat, da Bp Portuguesa e da Finantia - Sociedade de Investimentos antes de se tornar ministro das Finanças do XII Governo Constitucional, liderado por Cavaco Silva. Actualmente é presidente da Sapec Portugal e vice-presidente da Nutrinveste além de professor catedrático no ISEG. 



Ao que parece, Passos Coelho reconhece no economista as competências certas para a pasta da Economia, com responsabilidades acrescidas, incluindo o Trabalho. 

Eu pergunto, como pode alguém que aufere quase 10 mil euros mensais de reforma ser conhecedor do país, da situação dos trabalhadores, dos precários, dos desempregados, e daquela espécie em vias de extinção, a classe média? E até respondo, não pode! Já a situação dos 55 empresários e gestores de grandes empresas a que o PSD recorreu para basear o seu programa de governação conhece ele, de certeza, muito bem. 

Sabemos pelo menos que qualquer dúvida que venhamos a ter acerca da equipa ministerial de Passos Coelhos podemos facilmente esclarecer ali pelos lados da Coelha. 

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