O líder do PSD escolherá Eduardo Catroga para ministro da Economia, avança o 'Correio da Manhã
Quem é Eduardo Catroga?
Antes de mais, devo dizer que não costumo entrar pela demagogia e populismo fácil, até porque a inveja é uma qualidade que nos fica muito mal e até porque o problema não está nunca em quem ganha muito mas sim em quem ganha pouco. E até porque, também, se Eduardo Catroga recebe de reforma o que recebe é porque a ele tem direito de acordo com o que está ou estava previsto na lei. A justeza dessas leis essa sim é questionável, e a matreirice com que estes Srs. as ludibriam ou delas se aproveitam é coisa que já não espanta ninguém. Já o sentido de estado e noção de sacrifício são coisa rara, desconhecidos de grande parte, (porque nunca digo toda) da classe política.
Destacado quadro do grupo Mello, Eduardo Catroga foi ministro de Cavaco Silva e ainda é administrador de diversas empresas. Apesar de reformado, continua a ser presidente da empresa Sapec, administrador não-executivo da Nutrinveste e do Banco Finantia e membro do Conselho Geral e de Supervisão da EDP.
Antigo ministro das Finanças e professor catedrático convidado do ISEG, Eduardo Catroga aposentou-se com uma pensão mensal de 9693,54 euros, de acordo com a listagem publicada pela Caixa Geral de Aposentações (CGA), valor correspondente à soma dos descontos como trabalhador no privado e na função pública.
Iniciou a carreira profissional em 1967 como consultor do Ministério das Finanças, mas no ano seguinte transitou para a Companhia de União Fabril, onde se manteve até 1974. Foi vice-presidente da Quimigal e da Sapec e administrador da Cel Cat, da Bp Portuguesa e da Finantia - Sociedade de Investimentos antes de se tornar ministro das Finanças do XII Governo Constitucional, liderado por Cavaco Silva. Actualmente é presidente da Sapec Portugal e vice-presidente da Nutrinveste além de professor catedrático no ISEG.
Dotado, ao que parece de uma versatilidade sobre-humana, Catroga "ou trabalhou no privado 40 anos e de seguida 20 na função pública (ficaram 5 anos para fazer todas as aprendizagens desde o nascimento) ou então nunca cumpriu as 35 horas semanais na função pública! ou as 40 no privado! no tempo em que acumulou em simultâneo. Convenhamos que há coisas esquisitas, isto para não falar no tal tecto máximo de 12 salários mínimos para as reformas, que pelos vistos não é para cumprir."
Ao que parece, Passos Coelho reconhece no economista as competências certas para a pasta da Economia, com responsabilidades acrescidas, incluindo o Trabalho.
Eu pergunto, como pode alguém que aufere quase 10 mil euros mensais de reforma ser conhecedor do país, da situação dos trabalhadores, dos precários, dos desempregados, e daquela espécie em vias de extinção, a classe média? E até respondo, não pode! Já a situação dos 55 empresários e gestores de grandes empresas a que o PSD recorreu para basear o seu programa de governação conhece ele, de certeza, muito bem.
Sabemos pelo menos que qualquer dúvida que venhamos a ter acerca da equipa ministerial de Passos Coelhos podemos facilmente esclarecer ali pelos lados da Coelha.
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