Lisboa, 24 mar (Lusa) -- A Fitch cortou hoje o 'rating' de Portugal em dois níveis, de A+ para A-, devido às dificuldades na implementação de medidas e de financiamento após o chumbo do PEC no Parlamento e da demissão do primeiro-ministro.
Sabemos bem que muito da crise foi e é provocada pelas agências de rating, com ligações estreitas a grupos especulativos, aos mercados gananciosos e a interesses particulares. Duvido até que muita gente responsável por fazer e avaliar esses ratings saiba até onde fica Portugal, algures ali pela América do Sul, talvez, mas sabemos também, concordemos ou não, que estamos dependentes delas para obter o nosso financiamento.
Sei que para Cavaco Silva as devemos tratar com falinhas mansas, festinhas na cabeça e masturbá-las diariamente com muito amor e carinho, um bocadinho de pó-de-talco e vaselina para não arranhar. Pois bem, para mim não, mas incontestavelmente temos que as ir mantendo satisfeitas - pelo menos por enquanto e até a UE criar a sua própria agência de rating - e agradar-lhes, não acrítica nem vassalamente, mas agradar-lhes.
E de descida em descida, de palhaço em palhaço, os juros vão subindo e subindo, à mesma velocidade de líderes de assembleias regionais e velhos dinossauros ociosos.
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