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terça-feira, 26 de agosto de 2008

Claro como água

Fiquei ontem a saber que em Portugal Continental, a água é mais cara no Norte do País, por sinal onde abunda mais e onde o poder económico é menor e que é mais barata no Alentejo, por sinal onde há menos. E porquê? Talvez tenha alguma coisa a ver com os latinfundiários que têm gigantescas plantações de milho (transgénico) na região mais desértica do país. Talvez seja isso. Vergonhoso no mínimo.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Pensamento do mês

Vale mais um aeroporto no deserto que ver o Preço Certo.



by: Mick

Preço Certo

O Preço Certo em Euros, programa apresentado pelo pseudo-cómico Fernando Mendes, vergonhosamente exibido na RTP1, canal público de televisão, é o tema sobre o qual falo neste post.
Venho, por este meio, expressar a minha indignação (já que o Provedor do Telespectador ou não quer, ou não pode agir contra os interesses comerciais que se subrepõe aos culturais, na televisão pública) para com a exibição de um programa deste tipo, comprado de um formato estrangeiro onde é exibido em televisões "lixo", na RTP.
Comecemos pela análise do conteúdo do programa em si:
  • É um concurso que, inicialmente (e bem, no meu entender), visava a adaptação da população à nova moeda, o euro que entrava em circulação;
  • Actualmente, consiste em adivinhar os preços de diversos produtos, para o que, numa escandalosa histeria, o público opina;
Atentemos agora nos interveninentes no programa:
  • O apresentador, Fernando Mendes passa o programa numa de humor fácil (que nunca me fez esboçar um sorriso), ajudado pelo sua condição de gordo (com a qual se devia começar a preocupar);
  • É acompanhado por três assistentes do género "mi liga vai" que pouca ou nenhuma utilidade têm no programa;
  • A plateia é constituída maioritariamente por pessoas de classe baixa e média baixa da 3ª idade às quais a RTP deixou de tentar dar cultura para passar a dar entretenimento e humor fácil desde sempre feito (é por estas e por outras que Portugal não evolui).
Assim, levantam-se várias questões:
  • Qual a vertente cultural ou de serviço público presente no programa que justifique a sua exibição no canal público?
  • Como avaliar o rigor dos preços dos produtos apresentados se estes variam consoante o estabelecimento que os vende?
  • Como pode o canal público português, ao qual o Estado dispensa milhões e a quem a RTP deve milhões, enveredar por este tipo de programas?
Os finais de tarde na RTP são assim degradantes. Este programa contribui, no meu entender, para acelerar a senilidade dos espectadores e denegrir a imagem do canal público.
Já agora, em resposta a um senhor, nem todos os velhotes vêem o referido programa e nem todos o consideram um bom programa, longe disso e ainda bem.

Para o caso de não me ter feito entender, nada tenho contra o programa nem contra nenhum dos seus apresentadores e outros intervenientes, apenas tenho com o facto de este ser exibido na RTP. Noutro qualquer canal, tudo bem ainda que continue a ser lamentável a quantidade de emissões do género que ainda são exibidos em Portugal e em todo o mundo.

Parece pois que, no meio de tanta asneirada, a única coisa que se aproveita é mesmo isto.

by: Mick