Alguns mais distraídos não compreenderão o porquê do Teatro Circo constar desta rubrica. Passo a explicar. Preciosismo meu ou não, o que é certo é que a remodelação do Teatro Circo (situado na Avenida da Liberdade) levou uma eternidade e estendeu-se muito para além do prazo, certamente com a respectiva derrapagem de custos. Pensei eu que tal demora se devesse ao difícil trabalho de remodelar o monumento de modo a não alterar a sua traça original. Mas não. Qual não é o meu espanto aquando da conclusão das obras ao constatar que, para além das obras de alargamento na parte de trás do edifício em que o tipo de construção é completamente diferente, o granito tinha sido substituído por um cimento com pintas negras. Ao longe até pode dar a ilusão de ser granito. Mas de perto, nota-se perfeitamente a diferença entre o granito e aquela merda de fraca qualidade que era suposto emitar granito. A poupança de dinheiro não deveria ter sido feita na pedra que caracteriza o edifício. Foi como se restaurassem a Torre de Belém e substituíssem a pedra "lioz" por cimento pintado de branco. Com esta restauração, a fachada exterior do edifício foi desvirtuada. O interior, pelo contrário, está bem remodelado, apesar de ser diferente do que era antigamente. Quanto à animação cultural deveria ser mais e melhor mas estou convencido que com o tempo vá melhorando.
Note-se a diferença entre a pedra natural e a imitação.
Além do que se vê, o banco com o grande logotipo na fachada principal do edifício também era escusado num edifício cultural.
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