Bode expiatório do fracasso do caso Maddie mas nem por isso menos culpado, Gonçalo Amaral, o injustiçado investigador foi hoje à Grande Entrevista de Judite de Sousa na RTP 1. Não apanhei a entrevista de início sem apenas que o sôtor não me convenceu nem me esclareceu em nenhum aspecto. O sôtor está convencido duma coisa, escreveu um livro a explicar o que o sôtor pensa, e como a teoria da especulação e os salvadores da pátria sempre venderam e venderão em Portugal, o sotôr vai enriquecer, apenas e só, expondo factos da investigação da qual foi afastado, sabe-se lá porquê. Na entrevista aprendi que o sôtor ficou inibido mas não intimidado com o embaixador inglês e estranhou que este tenha, no fundo, dado o apoio devido a um casal britânico em situação difícil num país estrangeiro. Além disso, o sotôr estranhou que os pais tenham insistido em rapto apenas e só porque uma miúda desapareceu dum quarto onde estava a dormir.
Como já disse e volto a dizer, tive vergonha de ser português na palhaçada que foi este caso e no transpareceu para o mundo. Percebi, no fundo, que numa investigação mais importante, a PJ não sabe lidar com a comunicação social e não sabe lidar a tempo e horas com os factos que vai recebendo, que não se consegue entender e manter coesa por muito tempo. Percebi que, em casos de desaparecimento de crianças, quando a PJ não consegue provar que foram os pais, não consegue provar mais nada. Só não percebo como, com tantos factos, o sôtor Gonçalo Amaral não conseguiu concluir a investigação.
Quanto a Judite de Sousa, devia melhorar e muito o seu português. No fundo, não é "verosímel" que uma apresentadora que não domina a língua esteja frente-a-frente com um sôtor.
Quanto ao livro, não o compro, gostaria de o ler para perceber o quão ridículo e especulativo é mas ficarei à espera que alguém mo empreste.
Adaptando Almada Negreiros:
"Quando nasci, os salvadores da pátria já existiam todos. Só faltava uma coisa, salvar a pátria."
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