quarta-feira, 30 de julho de 2008

Sobre a inutilidade dos tribunais

Assino por baixo o comentário de Daniel Oliveira: "O bom nome de quem tem nome é sagrado, até aos limites da censura. Mas se alguém cai em desgraça e se torna protagonista de uma novela judicial perde logo o estatuto de cidadão. É para queimar."

Em Portugal basta ser suspeito para se ser culpado. Nem chego a perceber porque estão os tribunais tão intupidos de processos. Bastava constituir-se alguém arguido e o caso ficaria ali resolvido. "Se é arguido é porque é culpado. A mim nunca me enganou, eu sempre soube." 

E quando alguém constituído arguido é considerado inocente não é por ser inocente, é por ser um mafioso daqueles grandes que claro nunca são apanhados. Resumindo, se se é culpado é-se culpado, nem que seja por convicção dos juízes, se se é inocente é-se culpado na mesma. E esses proclamadores de moralidade e honestidade, tão venerados pelo povo português, que sabem exactamente quem são os culpados, são, no fundo, os primeiros mafiosos, aqueles que ludibriam o sistema mas que são sempre os inocentes, prove-se o que se provar. O resto são só difamações e injúrias. Não existisse essa chatice dos tribunais e os casos resolver-se-iam muito bem à paulada, à espingarda ou à pedrada. De certeza que já não havia problemas na Qta. da Fonte nem corrupção no futebol. Portugal seria um país muito melhor.

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