"Mais uma conta para pagar
Descubro pelos jornais o que, com boas e históricas razões, já sabia: sou eu (isto é, você, leitor) quem vai pagar os milhares de milhões de dólares de dívidas que levaram o banco Lehman Brothers (LB) à falência.
A acrescer à factura que já nos estava (a mim e a si, leitor) a ser cobrada pelo também americano colapso do crédito hipotecário de alto risco ("subprime", dizem eles) e às que iremos pagar a seguir pela cascata de falências financeiras que, depois da do LB, aí virão. A beleza do capitalismo especulativo na sua versão selvagem e neoliberal é que, quando um especulador global espirra, nós, os mal agasalhados, apanhamos uma pneumonia. E quando, como eles também dizem, "a economia real arrefece" nós é que tiritamos de frio. Parafraseando o Papa, "o amor (deles) ao dinheiro é a raiz de todos os (nossos) males". Fosse eu dado a coisas "new age" e veria nesta tumultuosa espécie de neo-Grande Depressão uma mão astral. Não é que, algures além-túmulo (e, pelos vistos, aquém-túmulo) os maléficos utopistas Marx e Engels estão nesta altura a comemorar os 160 anos do Manifesto Comunista?"
Descubro pelos jornais o que, com boas e históricas razões, já sabia: sou eu (isto é, você, leitor) quem vai pagar os milhares de milhões de dólares de dívidas que levaram o banco Lehman Brothers (LB) à falência.
A acrescer à factura que já nos estava (a mim e a si, leitor) a ser cobrada pelo também americano colapso do crédito hipotecário de alto risco ("subprime", dizem eles) e às que iremos pagar a seguir pela cascata de falências financeiras que, depois da do LB, aí virão. A beleza do capitalismo especulativo na sua versão selvagem e neoliberal é que, quando um especulador global espirra, nós, os mal agasalhados, apanhamos uma pneumonia. E quando, como eles também dizem, "a economia real arrefece" nós é que tiritamos de frio. Parafraseando o Papa, "o amor (deles) ao dinheiro é a raiz de todos os (nossos) males". Fosse eu dado a coisas "new age" e veria nesta tumultuosa espécie de neo-Grande Depressão uma mão astral. Não é que, algures além-túmulo (e, pelos vistos, aquém-túmulo) os maléficos utopistas Marx e Engels estão nesta altura a comemorar os 160 anos do Manifesto Comunista?"
Excelente artigo de opinião. E já agora, para nos fazer reflectir um pouco mais sobre quem arca com as consequências das crises do liberalismo:
John Thain, CEO da Marril Lynch: 10, 6 milhões de euros de bónus em 2007
Richard Fuld, CEO da Lehman Brothers: 3 milhões de euros de bónus em 2007
Martin Sullivan, CEO da AIG: 2,7 milhões de euros de bónus em 2007
Daniel Mudd, CEO da Fannie Mae: Um milhão e seiscentos mil de euros de bónus em 2007
Richard Syron, CEO da Freddie Mac: Um milhão e meio de euros de bónus em 2007
Fonte: Público
Richard Fuld, CEO da Lehman Brothers: 3 milhões de euros de bónus em 2007
Martin Sullivan, CEO da AIG: 2,7 milhões de euros de bónus em 2007
Daniel Mudd, CEO da Fannie Mae: Um milhão e seiscentos mil de euros de bónus em 2007
Richard Syron, CEO da Freddie Mac: Um milhão e meio de euros de bónus em 2007
Fonte: Público
E viva o capitalismo especulativo na sua versão selvagem e neoliberal!
ResponderEliminarDiz lá que não gostavas de estar entre estes gestores milionários.
A vida é boa, mas não é para quem quer, é para quem sabe, por isso estou em Economia - para aprender com os melhores!
Se fizesses parte desta lista, duvido que continuasses marxista, é só o que eu penso.